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quinta-feira, 14 de junho de 2012





QUANDO O CORAÇÃO AMA




O coração, quando ama
bate asas feito gaivota
numa rota linear.
Brisa branda
mergulhos fulminantes
no mar.

O coração quando ama
tem febre
teme o fim;
quase enfarta
por vezes vê-se sozinho
em seu amor que só cresce.


Coitado do coração,
sente o corpo que habita,
tomado, doado, prostrado
doído de amar.

Pobre e forte coração;
resiste e não desiste,
sofre mas segue
sangra e estanca
ama e encanta
espalha,
persegue.

As vezes até quer se livrar
quer bailar entre as nuvens
sem pensar.
Quer resgatar
um pouco de si
quase tudo entregue
ao ato de amar.





3 comentários:

Carlos Orfeu disse...

Ah,verso derramando pelas goeala dos olhos e regando a paisagem da alma.
Versos profundamente sublime.

NALDOVELHO E A DANÇA DO TEMPO disse...

Muito bom minha amiga. Haja coração!

Janaína da Cunha disse...

Lindo demais!